Comentários sobre o cotidiano, desabafos, conversas, textos interessantes, letras de músicas e o que mais vier pela frente...
22 de fev. de 2011
Então Morra, minha filha, morra!!!
Prefeito de Manaus briga com moradora de área de risco
MANAUS - O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB), discutiu hoje com uma moradora de uma comunidade onde morreram uma mulher e duas crianças soterradas sob um barranco. O prefeito disse que as pessoas na comunidade Santa Marta, na zona norte da capital amazonense, ajudariam a prefeitura 'não fazendo casas onde não devem', ao que uma moradora não identificada retrucou: 'Mas a gente está aqui porque não tem condição de ter uma moradia digna'. O prefeito respondeu: 'Minha filha, então morra, morra.'
Depois, a moradora disse que, se era assim, 'então vamos morrer todos', ao que o prefeito questiona sua origem. Quando ela responde ser do Pará ele encerra a discussão dizendo: 'Então pronto, está explicado'. A discussão foi ao ar na íntegra no jornal TV Amazonas, filiada da Rede Globo.
A assessoria de imprensa da prefeitura não comentou o caso, mas disse que a Defesa Civil Municipal está cadastrando as pessoas na área de risco para providenciar casas alugadas. Vaias. Em 26 de novembro do ano passado, durante visita a Manaus do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mendes foi vaiado pela plateia. 'Nunca na minha vida sofri esse tipo de constrangimento. Se o Amazonino não tiver a aprovação do povo, vocês vão ter outro prefeito, porque eu vou sair. Eu vou mandar fazer uma pesquisa e se for negativa eu renunciarei o meu mandato', disse o prefeito na ocasião.
REPERCUSSÃO
No site do DIÁRIO Online (DOL), que publicou ontem o vídeo da discussão, o caso se tornou a notícia mais comentada do dia. A maioria dos internautas, paraenses ou amazonenses, criticou fortemente a conduta do prefeito. Moradores de Manaus diziam-se envergonhados com o próprio representante e comentavam a postura desrespeitosa que Amazonino Mendes tem mantido em sua gestão. Sagila Maria, amazonense, disse que jamais concordaria com esse tipo de comentário preconceituoso. “Esse cara é um câncer para o Amazonas, que infelizmente já criou a metástase.”
Contudo, um outro comentário favorável ao prefeito ainda chocou pela frieza. Identificado como “Manauara”, o internauta questionava: “A mulher vem de outro Estado, sem condição nenhuma, vai pro meio de uma área de risco e ainda é culpa da nossa Prefeitura? Tenha paciência”, escreveu em seu comentário.
SEM INTERESSE
Procurado pelo DIÁRIO, o governo do Estado do Pará informou , pela Secretaria de Estado de Comunicação, que não se manifestaria sobre o caso por não considerá-lo de interesse público.
Veja no You Tube: http://www.youtube.com/watch?v=zjx01YyaELo, http://www.youtube.com/watch?v=a56rqAVjFfc
e a resposta depois do ¨mal entendido¨: http://www.youtube.com/watch?v=a31JBBGLuEU&feature=youtu.be
Minha resposta ao Sr. Amazonino Mendes: - Morra você, filho da puta!!!! Você e todos os políticos do Brasil!!!
Inflação não dói...
Um texto interessante sobre Inflação, de Ricardo Gallo
Um dos debates mais interessantes sobre o processo inflacionário diz respeito à tolerância inflacionária. Várias pessoas argumentam que é preferível um pouco mais de inflação a um custo elevado para combatê-la. Eles defendem que se forem elevados os juros, o investimento irá se reduzir o que é muito ruim para a economia. Logo, justificar-se-ia uma inflação maior no curto prazo.
Eu não consigo discordar mais desta linha de pensamento. E gostaria de listar aqui meus argumentos: Inflação é de fato um imposto sobre os mais pobres. Na medida em que os mais pobres têm um poder menor de barganha salarial, e não conseguem indexar seus salários na mesma velocidade que os empresários fazem nos produtos e serviços por eles vendidos, quando a inflação sobe , diminui-se o poder de compra das pessoas assalariadas. Assim, a inflação induz a uma redução do consumo das pessoas, pois sua renda real cai. No agregado, assumindo uma elevação de 3% AA na inflação, haveria uma queda de 1.5% no poder de compra das pessoas. Ou seja, no agregado a renda dos trabalhadores cai em 1.5%, o que é equivalente a uma elevação do desemprego de 6% para 7.5%…
Além desta questão de justiça social, a experi6encia passada no Brasil mostra que quando inflação começa a subir, cria-se um processo crescente de indexação de contratos, pois sociedade pretende se proteger legitimamente da alta dos preços e da queda de sua renda real. Sabemos que este processo leva a mais inflação, criando um ciclo negativo, que pode levar ao completo descontrole monetário
Inflação mais elevada reduz o prazo dos contratos na sociedade, como financiamento a consumo e imobiliário. Os agentes financiadores ficam inseguros em operar em prazos mais elevados, dada enorme incerteza com relação às taxas de juros futuras num cenário de inflação elevada. Esta redução de prazos reduz por sua vez a capacidade de compra dos consumidores de baixa renda.
Uma elevação da inflação aumenta a valorização do real, mesmo que moeda fique em termos nominal estável diante do Us$. Como inflação nos EUA é menor que aqui (1.5% lá VS. 6% AA aqui), se câmbio US$ / R$ ficar parado onde está significa que estamos reduzindo a competitividade de nossas exportações em aprox. 4.5% AA.
Com inflação mais elevada, eleva-se risco macroeconômico. Com a persistência de tal inflação é possível que investidores locais comecem a se preocupar com perda do poder de compra de seus R$ e comecem a retirar capital d o volume no Brasil, comprando US$, o que forçaria uma desvalorização acentuada do R$, aumentando o custo dos produtos importados, o que realimentaria uma alta da inflação.
Entre os países mais avançados, não há casos de meta de meta de inflação acima de 3% AA. Logo, se desejamos pertencer a esta liga, uma inflação de 6% AA não combina…
O custo de combate a inflação por alta de juros é menor quanto mais rápido o BC agir. Logo, todo este debate Cria um ambiente político que pode causar um atraso na atuação do BC, na medida em que aqui no Brasil os governos dos últimos 16 anos não querem dar autonomia ao BC, pois querem poder manipulá-lo politicamente.
Temos enorme espaço para reduzir gasto público, o que aliviaria a pressão na demanda, segurando a alta dos preços. Logo, pergunto: é melhor apertar os cintos do povo ou do governo?
O impacto negativo de uma elevação dos juros no investimento privado é pequeno. Os empresários quando investem não estão olhando a economia nos próximos 12 meses, mas sim nos próximos cinco anos. Eles sabem lá no seu íntimo, que inflação é ruim para suas vendas. Porém ficam pressionando o BC através da mídia na esperança de que os juros subam pouco…
Enfim, não consigo engolir este argumento que um pouco de inflação não é ruim. Mas este tapinha me parece injusto. O que me deixa mais estupefato é o nosso histórico hiperinflacionário. Deveríamos, a esta altura, já ter aprendido sobre o perigo de uma inflação elevada ou que se acelera. Demoramos quase 10 anos, de 1985 até 1994 para controlar uma das mais elevadas taxas de inflação da história e tem gente agora querendo brincar com fogo! A boa notícia é que parece que nossa presidenta não está disposta a entrar nesta conversinha de tapinha...
E da-lhe Dilmaaaaaargggghhhhhhhh!!!!
Um dos debates mais interessantes sobre o processo inflacionário diz respeito à tolerância inflacionária. Várias pessoas argumentam que é preferível um pouco mais de inflação a um custo elevado para combatê-la. Eles defendem que se forem elevados os juros, o investimento irá se reduzir o que é muito ruim para a economia. Logo, justificar-se-ia uma inflação maior no curto prazo.
Eu não consigo discordar mais desta linha de pensamento. E gostaria de listar aqui meus argumentos: Inflação é de fato um imposto sobre os mais pobres. Na medida em que os mais pobres têm um poder menor de barganha salarial, e não conseguem indexar seus salários na mesma velocidade que os empresários fazem nos produtos e serviços por eles vendidos, quando a inflação sobe , diminui-se o poder de compra das pessoas assalariadas. Assim, a inflação induz a uma redução do consumo das pessoas, pois sua renda real cai. No agregado, assumindo uma elevação de 3% AA na inflação, haveria uma queda de 1.5% no poder de compra das pessoas. Ou seja, no agregado a renda dos trabalhadores cai em 1.5%, o que é equivalente a uma elevação do desemprego de 6% para 7.5%…
Além desta questão de justiça social, a experi6encia passada no Brasil mostra que quando inflação começa a subir, cria-se um processo crescente de indexação de contratos, pois sociedade pretende se proteger legitimamente da alta dos preços e da queda de sua renda real. Sabemos que este processo leva a mais inflação, criando um ciclo negativo, que pode levar ao completo descontrole monetário
Inflação mais elevada reduz o prazo dos contratos na sociedade, como financiamento a consumo e imobiliário. Os agentes financiadores ficam inseguros em operar em prazos mais elevados, dada enorme incerteza com relação às taxas de juros futuras num cenário de inflação elevada. Esta redução de prazos reduz por sua vez a capacidade de compra dos consumidores de baixa renda.
Uma elevação da inflação aumenta a valorização do real, mesmo que moeda fique em termos nominal estável diante do Us$. Como inflação nos EUA é menor que aqui (1.5% lá VS. 6% AA aqui), se câmbio US$ / R$ ficar parado onde está significa que estamos reduzindo a competitividade de nossas exportações em aprox. 4.5% AA.
Com inflação mais elevada, eleva-se risco macroeconômico. Com a persistência de tal inflação é possível que investidores locais comecem a se preocupar com perda do poder de compra de seus R$ e comecem a retirar capital d o volume no Brasil, comprando US$, o que forçaria uma desvalorização acentuada do R$, aumentando o custo dos produtos importados, o que realimentaria uma alta da inflação.
Entre os países mais avançados, não há casos de meta de meta de inflação acima de 3% AA. Logo, se desejamos pertencer a esta liga, uma inflação de 6% AA não combina…
O custo de combate a inflação por alta de juros é menor quanto mais rápido o BC agir. Logo, todo este debate Cria um ambiente político que pode causar um atraso na atuação do BC, na medida em que aqui no Brasil os governos dos últimos 16 anos não querem dar autonomia ao BC, pois querem poder manipulá-lo politicamente.
Temos enorme espaço para reduzir gasto público, o que aliviaria a pressão na demanda, segurando a alta dos preços. Logo, pergunto: é melhor apertar os cintos do povo ou do governo?
O impacto negativo de uma elevação dos juros no investimento privado é pequeno. Os empresários quando investem não estão olhando a economia nos próximos 12 meses, mas sim nos próximos cinco anos. Eles sabem lá no seu íntimo, que inflação é ruim para suas vendas. Porém ficam pressionando o BC através da mídia na esperança de que os juros subam pouco…
Enfim, não consigo engolir este argumento que um pouco de inflação não é ruim. Mas este tapinha me parece injusto. O que me deixa mais estupefato é o nosso histórico hiperinflacionário. Deveríamos, a esta altura, já ter aprendido sobre o perigo de uma inflação elevada ou que se acelera. Demoramos quase 10 anos, de 1985 até 1994 para controlar uma das mais elevadas taxas de inflação da história e tem gente agora querendo brincar com fogo! A boa notícia é que parece que nossa presidenta não está disposta a entrar nesta conversinha de tapinha...
E da-lhe Dilmaaaaaargggghhhhhhhh!!!!
9 de fev. de 2011
Agora literalmente fudeu de vez!!!
Meus parabéns a quem votou na Dilma e com isso permitiu que o Senado fosse presidido pelo Sr. José Sarney!!!
O pior é que quem votou na Dilma não se fode sozinho... fode o Brasil inteiro!!! Veja abaixo:
Reforma política é um clichê que pode implicar avanço ou retrocesso. Depende dos objetivos de quem vai comandá-la. Pode acabar com partidos de aluguel e corrigir distorções de representação, ou mudar as aparências para manter tudo como está.
José Sarney convocou os colegas de Senado e Presidência, Fernando Collor e Itamar Franco, para compor a comissão que vai tratar da tal reforma. O trio representa a vanguarda do passado do país. E planejará seu futuro.
Não se pode negar que eles têm muita experiência nos temas principais da reforma. Já trocaram várias vezes de partido, já usaram legendas de aluguel, já barganharam a formação de maiorias parlamentares de modo franciscano.
Não se deve esperar, porém, que imponham barreiras eleitorais aos partidos, ou que corrijam a desproporção que faz o voto de um paulista que mora em Roraima valer 11 votos de roraimenses que vivem em São Paulo.
Senador por um Estado onde não mora, o Amapá, Sarney entrou para a história ao trocar suas origens no PDS/PFL/DEM pelo PMDB, o que ajudou a transformar o partido da oposição à ditadura na confederação de interesses que está aí.
Collor foi eleito presidente pelo PRN, um partido nanico que já foi PJ e hoje atende por PTC. Sua história é tão grandiosa quanto a passagem collorida pelo Planalto. Itamar foi sua consequência.
Juntas, as siglas partidárias que já abrigaram o trio formam quase um alfabeto.
Enfim, a reforma política parece que será comandada por aqueles que tornam necessário reformar a política. Como já virou moda dizer no Twitter, não deverá passar de um puxadinho.
O pior é que quem votou na Dilma não se fode sozinho... fode o Brasil inteiro!!! Veja abaixo:
Reforma política é um clichê que pode implicar avanço ou retrocesso. Depende dos objetivos de quem vai comandá-la. Pode acabar com partidos de aluguel e corrigir distorções de representação, ou mudar as aparências para manter tudo como está.
José Sarney convocou os colegas de Senado e Presidência, Fernando Collor e Itamar Franco, para compor a comissão que vai tratar da tal reforma. O trio representa a vanguarda do passado do país. E planejará seu futuro.
Não se pode negar que eles têm muita experiência nos temas principais da reforma. Já trocaram várias vezes de partido, já usaram legendas de aluguel, já barganharam a formação de maiorias parlamentares de modo franciscano.
Não se deve esperar, porém, que imponham barreiras eleitorais aos partidos, ou que corrijam a desproporção que faz o voto de um paulista que mora em Roraima valer 11 votos de roraimenses que vivem em São Paulo.
Senador por um Estado onde não mora, o Amapá, Sarney entrou para a história ao trocar suas origens no PDS/PFL/DEM pelo PMDB, o que ajudou a transformar o partido da oposição à ditadura na confederação de interesses que está aí.
Collor foi eleito presidente pelo PRN, um partido nanico que já foi PJ e hoje atende por PTC. Sua história é tão grandiosa quanto a passagem collorida pelo Planalto. Itamar foi sua consequência.
Juntas, as siglas partidárias que já abrigaram o trio formam quase um alfabeto.
Enfim, a reforma política parece que será comandada por aqueles que tornam necessário reformar a política. Como já virou moda dizer no Twitter, não deverá passar de um puxadinho.
2 de fev. de 2011
Pra Tonga da Mironga do Cabuletê
Informação sobre o significado da expressão "na tonga da mironga do cabuletê".
Bem próprio do Vinicius de Morais. Ele deve ter rido muuuito cantando isso!
1970
Vinícius e Toquinho voltam da Itália onde tinham acabado de inaugurar a parceria com o disco “A Arca de Noé”, fruto de um velho livro que o poetinha fizera para seu filho Pedro, quando este ainda era menino.
Encontram o Brasil em pleno “milagre econômico” da ditadura militar. A censura em alta, a Bossa em baixa.
Opositores ao regime pagando com a liberdade e a vida o preço de seus ideais.
O poeta é visto como comunista pela cegueira militar, e ultrapassado pela intelectualidade militante que, pejorativa e injustamente, classifica sua música de "easy music". No teatro Castro Alves, em Salvador, é apresentada ao Brasil a nova parceria. Vinícius está casado com a atriz baiana Gesse Gessy, uma das maiores paixões de sua vida, que o aproximaria do candomblé, apresentando-o à Mãe Menininha do Gantois.
Sentindo a angústia do companheiro, Gesse o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles “tonga da mironga do cabuletê”, que significa “o pêlo do cú da mãe”.
O mote anal e seu sentimento em relação aos homens de verde-oliva inspiram o poeta.
Com Toquinho, Vinícius compõe a canção para apresentá-la num show no Teatro Castro Alves. Era a oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem a ofensa. E o poeta ainda se divertia com tudo isso: “Te garanto que na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô”.
Fonte: Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão; uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
Veja a letra da inspirada canção da dupla Vinicius e Toquinho
Tonga da Mironga do Cabuletê
Eu caio de bossa, eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa, xingando em nagô
Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala,
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê
Você que lê e não sabe
Você que reza e não crê
Você que entra e não cabe
Você vai ter que viver
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Na tonga da mironga do cabuletê
Você que fuma e não traga
E que não paga pra ver
Vou lhe rogar uma praga
Eu vou é mandar você
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê
Pra tonga da mironga do cabuletê
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